Friday, March 21, 2008

O Mecânico

Filho de uma alagoana com um paulista, Washington Gomes desde cedo é chamado de Loroca. Apelido dado pela mãe, que ninguém, nem ela, sabe o que quer dizer.

Washington, desde cedo teve que aprender a conviver com o desprezo e a dor.
Filho caçula do casamento de Lucinha e Jairo , acompanhou de perto o desespero da família quando o seu irmão mais velho , Wellington , morreu afogado aos 18 anos, na Represa Billins.

Dizem que Wellington fumava maconha e que no dia em que foi para a represa, sem o conhecimento dos pais, ele estava completamente drogado. Não só pela maconha, mas pelo uso da cocaína também.

Loroca se lembra, que no dia da morte de Wellington, ele estava brincando na rua, lugar este que se tronaria o pano de fundo mais freqüente da sua vida, quando ouviu o seu irmão dizendo ao seu pai que iria no parque com uns amigos.
Lembra de Wellington descendo as escadas , passando por ele e lhe dando um pequeno e rápido cafuné, desses corriqueiros que todo mundo faz quando vê uma criança.

Na hora, tanto Wellington quanto Washington nem ligaram, era rotina.
Mas hoje, todos os dias, Loroca se lembra daquela manhã. Não se lembra com tristeza ou pesar, porque não tinha uma convivência afetiva com o irmão, mas ele se lembra.

Naquele dia à noite, uma viatura da polícia estaciona na frente da casa dos Gomes, para dar uma triste notícia: Wellington morrera afogado, a poucas horas atrás.

O desespero foi grande. Lucinha se desmanchou em prantos, Jairo se manteve firme, alguém sempre tem que ser firme nestas horas para segurar a barra.
A filha do meio, Shirley, ficou atônita e parecia não acreditar no que estava ouvindo do policial que veio dar a noticia.

Neste ambiente de desespero, ninguém ligou para o então pequeno Washington.
Ninguém se preocupou em tirar ele da sala, ou de explicar o que tinha acontecido com o seu irmão mais velho.

Aquelas cenas, toda aquela atmosfera, ficaram impregnadas na alma de Washington. Todo o desespero, a incredulidade por parte dos parentes, a falsa frieza de Jairo ao falar com o policial, bem como depois ,aos tratar dos mórbidos assuntos do enterro e velório.

Nada disso foi esquecido.
Após o enterro e o velório de Washington , a rotina dos gomes foi drasticamente mudada.

Onde antes existia uma família "normal", onde os seus integrantes não sentiam recentimentos "profundos" uns com os outros, deu origem a uma família esfacelada ,completamente fraca nos laços afetivos .

A partida de Wellington chocou tanto Lucinha, a deixou tão fragilizada e ao mesmo tempo áspera que ela se fechou as emoções.

Era como se ela tivesse isolado o seu coração do deu corpo. Não dava risada, não chorava, não dava mais para o marido, apenas seguia em frente, dia após dia.
O que mantinha Lucinha lúcida era o seu trabalho. Ela era chefe de produção de um buffet na zona leste de São Paulo.

Como os Gomes residiam na zona sul, ela demorava ,no mínimo, uma hora e meia para chegar aos seu destino.

Resultado: resolveu mudar-se para o emprego, retornando para casa apenas nos finais de semana.

Essa nova rotina afastava Lucinha da família, e assim ela não pensava em mais nada além do seu trabalho.

A morte de Wellington foi cruel demais para ela, a morte de um filho é tão irreal para a mãe que não tem nem nome.

A emoção mais abundante que Lucinha tinha em seu interior era a raiva. Ela precisava achar um culpado para isso tudo. E Jairo tinha sido escolhido para pagar o pato.

Foi ele que deixou Wellington sair naquele dia, foi ele que nunca conversou com filho direito, nunca deu conselhos, nunca foi amigo.

Com este pensamento, Lucinha criou um ódio tão grande em relação a Jairo, que todo o final de semana que ela voltava para casa eles brigavam.
Mas não era briguinha não. Era guerra!

Palavrões pesados, palavras de ódio, acusações e panelas voadoras, tudo era usado para ferir e machucar um ao outro .

No meio desta guerra, escondido na trincheira mais rasa e fuleira estava Washington.

Sozinho em uma casa vazia, o seu único refugio foi a rua. Foi nela que ele conheceu os seus melhores amigos, pessoas que o ajudaram em diversos momentos, dando conselhos, tanto físicos quanto morais, alimentando-o com comida e carinho, sendo companheiras. Tudo o que ele não tinha em casa, ele achou na rua.

Esta situação se tornou insustentável para Jairo e Lucinha, e pouco mais de dois anos depois da morte de Wellington eles se separaram.

Inicialmente, Washington foi morar com a mãe. Mas não deu certo.
A entrega de Lucinha era tamanha, que ela chegava a trabalhar 16 horas por dia, e o seu tempo livre era dedicado exclusivamente ao sono.

Sem espaço na vida de sua mãe, o jovem Washington resolve voltar para a casa do seu pai, resolveu voltar para a sua família na prática: a rua e os seus amigos.

Os anos passaram e o jovem Washington, se trancou ao mesmo tempo em que abriu as portas para o Loroca sair.

Parou de estudar na quinta série do ensino fundamental, deixando a escola para ficar o dia inteiro na rua.

É um verdadeiro milagre que ela não tenha ido para a bandidagem ou para o crime. Aliás milagre não, solidariedade.

Como eu já disse, com a morte de Wellington, o cerne familiar dos Gomes foi destroçado pela falta de dialogo e esfriamento do amor. Shirley arrumou um namorado e casou com ele ainda jovem, saindo assim da casa dos pais para ter a sua própria.

Já Washington foi adotado por todas as famílias dos seus amigos.
Levando uma vida desregrada, ele aprendeu por si só que a única maneira de ter respeito dos outros e ser alguém de destaque seria através do trabalho.
Ainda jovem, ele começou a trabalhar em uma fabrica de couro. Com o trabalho, Loroca mantinha a sua mente longe dos problemas, aprendia uma profissão e ainda ganhava um dinheiro.

Devido à uma genética privilegiada, Loroca era o que podemos chamar de "magrelo-forte". Com esta genética, e com a prática exaustiva da capoeira, Loroca atingiu um físico invejado pelos outros homens e muito desejado pelas mulheres.

Tudo bem, as suas pernas eram meio finas, mas quem liga? Elas certamente não.
Atraente fisicamente, dotado de um grande carisma e magnetismo pessoal, o Loroca se tornou um bom pegador de mulheres. Se elas dessem atenção a ele, era difícil de ele não conseguir ao menos um telefone.

Mas o "depois" da conquista era sempre doloroso.

No meio da guerra entre Lucinha e Jairo, escondido na sua trincheira chechelenta, ele foi ferido. Esse ferimento se fechou, mais deixou uma cicatriz profunda; a inabilidade de entrega verdadeira para uma outra pessoa.

Não é que Loroca não seja capais de amar, isso não. Ela pode amar e até confiar nas mulheres. Mas ele nunca se entrega totalmente. Nunca.

Talvez por medo ou insegurança, mas nenhuma mulher jamais poderá encher a boca para falar que: "- Ele é meu!".

Com isso, a fidelidade para o Loroca é um mera convenção da sociedade, que ele faz questão de não seguir.

Outro resquício da sua dolorosa infância é um aparente censo exagerado de liberdade.

Digo, "exagerado", porque além de impor a sua liberdade nas questões afetivas, ele impõe esse sentimento na sua vida profissional. Já foi chanfrador de couro, ferante e recentemente esta trabalhando de ajudante de mecânico.
Toda vez que ele muda de emprego, o motivo é sempre o mesmo: cansaço da rotina, o ambiente não é dos melhores e por ai vai.

Trabalhando na mecânica, que fica muito próxima a sua casa, ele conseguiu estabelecer uma rotina de vida cômoda e não extressante. Ele acorda, toma café da manhã e vai para a oficina. Depois volta, almoça, tira uma ligeira soneca e depois volta para a mecânica e finalmente acaba o seu expediente.
Como o oficina em que o Loroca trabalha é dessas de bairro, e o dono dela, o Mauro, é seu amigo, ele decidiu trabalhar sempre sem camisa.

Claro, além de não sujar as roupas de graxa e óleo, trabalhar com o dorso nu é uma ótima forma de se atrair uma mulher.

E deu certo.

Quase em frente a esta mecânica, havia um posto de saúde, onde estranhamente só trabalhavam mulheres. Para ser mais preciso, trabalhavam uma monte de mulheres, e três homens.

Dentre estes homens, dois não eram muito chegados em mulher e o único que sobra, o Jefferson, gosta bastante de mulher, mas ele não dá conta de todas.
Tendo este panorama, não demorou muito para as mulheres do posto de saúde notarem o mecânico vigoroso da oficina da frente.

E claro, vendo o alvoroço causado pelo seu corpo, Loroca sempre tirava a camisa e ficava se isibindo. Não de uma maneira ridícula, mas se mostrava sim.
No verão, ele molhava os seus músculos, para que parecessem maiores e mais definidos.
Essa tática deu certo, porque em muito pouco tempo, ele se tornou o sex simbol do posto de saúde.

A maioria das mulheres tinham sonhos eróticos com ele, imaginavam ele vestido de mecânico, possuindo-as , devorando o corpo delas igual a um animal.

Invariavelmente, ele era o assunto várias vezes por dia na roda de mulheres, elas ficavam se indagando como ele seria na cama, se ele fudia bem ou se era só aparência, porque muitas delas já tinham dado para caras bolados e a foda tinha sido desastrosa!

Mas, entre todas as fêmeas no cio, tinha uma que não se agüentava de vontade de dar.

Ela sonhava com o Loroca todas as noites, desde que o viu sem camisa e sujo de graxa pela primeira vez. Estava tão excitada, que comprou um vibrador, escondido do marido, para usar pensando no Loroca torando-a.

Essa mulher era a Nara.

A Nara era casada, tinha três filhos, duas meninas e um menino. A filha mais velha é de outra casamento e os outros dois são deste atual.

Diga se de passagem que "casamento", não é bem a melhor maneira de se definir a relacionamento da Nara com o Oswaldo.

Eles eram casados, mas a muito tempo eles não fodiam, para dizer a verdade eles quase não se falavam direito. Ela nunca gostou dele, estava casada a 10 anos e nunca o amou de verdade.

Já tinha tido vários amantes antes, mas nenhum significativo, eram apenas vibradores com pernas . Só sexo, sem o mínimo de sentimentos.
A sua vida pessoal era uma merda.

O Oswaldo tinha 1,90 m de altura e pesava perto dos 150 kg, nem conseguia ver o seus pés direito, quanto mais o pinto. Que aliás ,segundo a Nara, era bem pequenininho. Ele não era nada atraente, nem quando era jovem.

E ainda parece desprovido de testosterona, porque não cobiçava mais a Nara na cama, e mesmo se ele quisesse ela não daria para ele, de jeito nenhum.
A repulsa de Nara por Oswaldo era tamanha, que quando ele dormia, ela assistia a filmes pornô sozinha, e se masturbava freneticamente.

Toda essa situação, aliada a atração quase animal dela pelo Loroca, foi o estopim para a separação de Nara.

A vontade de dar para o Loroca era tão grande que ela já não tinha mais controle sobre as suas ações. Um dia ela decidiu ir na oficina para fazer uma visita, dessas de rotina que os postos de saúde fazem para checar se os estabelecimentos não estão abrigando os mosquitos da dengue.

Chegou no portão, olhou para os lados, não viu ninguém, avançou um pouco até que viu um homem de baixo de um carro.

Chegou perto, devagar , e perguntou :

"- Com licença moço, você é o dono da oficina?"

O homem , arrastou-se em direção a ela, colocando a cabeça de lado para ver direito quem era.

Ela quase teve um orgasmo quando viu, que esse homem era o seu "deus" semi nu.

Ela nem conseguiu falar direito, fingiu que foi atacada por um tosse e ficou dando tapas no peito para desengasgar ,e disfarçar, o tesão que estava sentindo ali.

O Loroca ficou ali olhando aquela cena estranha, imóvel , não ofereceu nem um copo d'água para a moça.

Depois da encenação, Nara pergunta :

" - Desculpe, engasguei! Você é o dono desta oficina ?"

"- Não. Não sou não. Mas eu posso ajudar?"

"- Eu sou do posto de saúde, e estamos iniciando uma campanha de combate a dengue, e eu queria dar uma palavrinha com o dono."

"- Olha...como é o seu nome mesmo?"

Ela quase se derreteu quando ele perguntou o nome dela, a bucetinha dela bateu até uma palminha nessa hora.

"- Meu nome é Nara."

"- Então Nara, o dono é o Mauro, ele saiu para comprar uma peças. Mas se você quiser, pode passar aqui mais tarde e ai você fala com ele." Respondeu Loroca, analisando descaradamente o corpo da coroa.

Ela, percebendo que estava sendo analisada e desejada, ficou mais excitada ainda, chegando ao ponto de literalmente molhar a calcinha, e disse:

"- Tá bom, eu volto mais tarde. Tchau!"

E saiu andando com passos curtos, para em vão, tentar segurar o tesão que aquele homem mais jovem causava nela.

E ele, percebendo a situação , ficou dando risadas internas e massageando o seu ego.

Quando veio há noite daquele dia, os dois se masturbaram pensando um no outro.

Ele, imaginado que comia ela na sua cama, torando-a com força. Já ela, imaginou que ele a pegaria na oficina, a colocaria em cima do capô de um carro qualquer e rasgando as roupas dela, a fudesse igual a uma besta sedenta por prazer.

O gozo dessa siririca foi tão intenso, que ela quase acordou o gorducho do
Oswaldo, que roncava ao seu lado.

No dia seguinte, ela volta a oficina e logo vê Loroca em pé de macacão, com o torso nu, como de costume. Ela chega perto, não consegue mais esconder o desejo, que cada vez mais esta aumentando.

"- Oi !" , diz ele, com o sorriso de um leão faminto quando vê uma presa se aproximar ,sem ela no entanto , saber da sua posição.

"- Bom dia!" ,responde ela educadamente.

" - Escuta Nara, eu acho que na minha casa pode ter um foco de dengue. Você não quer ir lá mais tarde, para dar uma olhada?"

Eles se olham profundamente.

"- Infelizmente, eu trabalho só até às 16:00 hrs.", ela responde com um sorriso insinuante.

" - Tá bom, você pode ir agora?".

Ela fica pasma. Antes que ela pudesse expressar qualquer reação, os dois já estavam a caminho do quarto-sala-banheiro que era a casa do Loroca.
Chegando no muquifo, ela fica atenta, seu coração bate mais forte, suas mãos começa a suar.

"- Pode entrar, fica à vontade. A casa é sua!"

"- Ah! Muito obrigada. Onde você quer que eu vistorie?"

"- Ãh..., por onde você quiser." , responde ele, tirando a camisa e olhando fixamente para ela.

Ela sem jeito, fica paralisada. Não conseguia tirar os olhos dele.

Como dois animais, eles avançaram um sobre o outro e começaram a se beijar loucamente.

Ele a pegou no colo, e arrastou para o quarto dele.

Arrancou a roupa dela igual a um animal, com força e violência. Do jeito que ele gostava e do jeito que ela sempre sonhou em ser comida.

Assim que ele arrancou a calcinha dela, ele selvagemente partiu para dar um "beijo no peixe".

A rotação frenética e a força sabiamente empregada no sexo oral que ele fazia nela, já tinha valido a pena aquela loucura.

Ela sem fôlego, não conseguia fazer nada além de experimentar o verdadeiro prazer que um homem pode dar a uma mulher. No transe do prazer, ele a colocou de quatro e penetrou-a fortemente.

Sem hesitação e romantismo, preciso como um laser , ele colou o pau até fim.

Quando a rola de Loroca chegou no final da corredor do prazer e não tinha mais para onde ir, ela instintivamente ergueu a cabeça, oferecendo o seu cabelo como estribo , para que ele a cavalgasse.

Entendendo o pedido, Loroca, bruscamente puxa os cabelos ruivos de Nara até que o pescoço dela esteja totalmente à mercê da sua vontade.

O que se seguiu naquela tarde, foi uma profusão de tapas, palavrões, quebras de tabus, e muito , muito prazer.

Depois desta foda colossal, os dois quiseram conhecer um ao outro melhor, mas sem mostrar a ninguém o que estava acontecendo entre os dois.

Os dias foram passando, a vontade de foder era grande, mas eles não podiam foder sempre. Sempre tinham que se encontrar escondido, com hora marcada, na surdina mesmo.

Ela não gostava disso, e ele menos ainda. Desse jeito não poderia ficar, e Loroca decidiu chamar Nara na chincha: " - Ou você se separa ou eu largo você, e como todo as suas amigas que querem dar pra mim! ", disse ele bravo.

Sem pensar duas vezes, naquele mesmo dia ,ela chegou em casa e com o dedo indicador da mão direita em riste, disse com cara raiva a Oswaldo: " - Eu quero me separar de você, e o quanto antes melhor!".

Oswaldo, assustado respondeu : "- Porque meu amor?"

"- Porquê ? Você ainda me pergunta porquê ? Eu vou te dizer porque.
Porque eu tô cansada de viver com um gordo brocha que nem consegue ficar de pau duro, sem que eu tenha que enfiar o meu dedo anular no rabo dele!
Porque eu tô de saco cheio de dormir do lado de alguém que eu não amo, aliás que eu nunca amei! .

Esta satisfeito?" , disse ela esbravejando e indo para o quarto.

Coitado, Oswaldo parecia não acreditar no que ele tinha acabado de ouvir. Justo hoje, que ele ia dizer para ela que iria fazer um tratamento contra a andropausa precoce dele.

A partir deste dia, Loroca e Nara se viam todos os dias, não fodiam sempre, apenas ficavam juntos. Nada de mãos dadas ou carinho em público.

Ele andava na frente e ela atrás, no máximo um andava do lado do outro. No máximo.
Nara, estudava a noite, fazia supletivo, e toda a noite ele ia pegar ela na frente da escola e a levava até a esquina da casa dela.

As vezes a vontade de fuder dos dois era tanta, que ela matava a aula e ai para a casa dele e ai todo mundo já sabe: porra na boca. Muitas vezes o celular de Nara tocava no meio do sexo. E sempre, mas sempre era o Oswaldo, querendo saber como e onde estava a Nara.

Ela sabia disfarçar bem, não mudava o tom de voz quando estava sendo torada de quatro com violência ou quando estava de boca cheia, e ele, sempre acreditava.

Um dia, após uma dessa escapadas da escola, Oswaldo ligou para Nara, que estava fazendo um belo de um keketi, e disse : " - Amor, hoje eu vou te pegar na escola tá bom? "

Ela quase engasgou. "- O que você disse?"

" - Num pára não vagabunda, chupa meu pau!", disse Loroca pegando Nara pelo cabelo com força e colocando a boca dela no pau dele, enfiando até a goela da lazarenta.
E ela, com maestria falava no celular e chupava o pinto de Loroca. Depois de desligar o aparelho, ela disse ; " - Ai amor, hoje vai ter que ser uma rapidinha tá ?
Vou tocar uma para você e depois vou para a escola."

Ela poderia esperar qualquer coisa dele naquela hora menos o que aconteceu.
" - Vai é um porra! ", e desceu o tapão com as costas da mão na cara dela.
O tapa foi tão forte, que ela caiu para trás. Com uma fúria irreal, ele pegou ela pelo cabelo, por um grande chumaço e a levantou.

" - O que você vai fazer, o que você vai fazer?", ela repetia, em um misto de medo e muito prazer.

" - E só aquele gordo froxo te chamar que você é? Você vai, mas foi arrombada!".
Segurando ela pelo cabelo, virou-a de costas, e até hoje não se sabe como, ele com um movimento só, abaixou a calça e calcinha dela.

Empurrou a cabeça dela para frente ao mesmo tempo em que trouxe a cintura dela para trás. Deu um cuspão na mão, passou na cabeça e no corpo do pau e ...
" - ÃÃÃHHHHHHHHHHH!!!!", um sussurro baixo, misto de dor e prazer. Mas não um prazer de orgasmo, mas sim um prazer mais do que animal, era delicioso para ela.
Ela já tinha dado o cú várias vezes, mas essa , sem dúvida ,foi a melhor.

Sem gel lubrificante, sem palavrinhas doces no pé da orelha. Nada de frescúrinhas características do sexo anal.

Cuspe na cabeça do pau e pau no cú!

A raiva de Loroca era tão grande, que ele nem ligou para a inevitável esfolação da cabeça do seu pau.

Meteu forte, e na hora de gozar, tirou , pegou ela pelo cabelo, forçou a cabeça dela para baixo, até ela ficar de joelho, puxou o cabelo para trás, forçando ela a abrir a boca e toma.

Porra na boca! Ele tomou cuidado ainda para que todo o jato de sêmen fosse só na boca, nada no rosto ou cabelo, só na boca.

Depois de ter enxugado o seu caralho, ele olhou bem pra Nara e disse:
" - Agora você pode ir. Vai lá, e eu vou com você, pra ele apertar a mão do cara que comeu o cú da mulher dele e ainda gozou na cara da vagabunda.
Vamô! Levanta daí e vai fazer um gargarejo no banheiro, porque eu não anda com quem fede a porra.

E ainda agradece de eu não ter feito você cagar porra. Vamos que você esta atrasada, meu amor!"

Depois do gargarejo e de ter se recomposto, os dois saíram da casa de Loroca, e foram para a porta do colégio esperar o Oswaldo.

Ele na frente e ela atrás. Vendo ele de costas, ela não podia acreditar naquele homem.

Era tão..tão...rude. Tão grosso e estúpido, que ela não podia crer.

E o mais incrível era o desejo dela por ele. Era incontrolável , não dava para segurar, quem dera disfarçar!

Chegaram no colégio, e em cinco minutos depois Oswaldo chegou.

Olhou para a Nara e para o cara que estava com ela. Comprimento o Loroca com um forte aperto de mão, e seguiram para a casa dela.

No caminho, Loroca e Nara foram conversando lado a lado na rua, enquanto Oswaldo seguia atrás dos dois calado, só ouvindo a conversa.

Chegando perto da casa do Loroca, que era caminho para a casa da Nara se despediram verbalmente e cada um seguiu o seu caminho.

Oswaldo seguiu calado, chegou em casa, tomou banho, deu a comida para as crianças e foi dormir. Já Nara foi dormir direto, por que aquele dia tinha sido bom demais para ser verdade e ela queria continua-lo no campo dos sonhos.

No dia seguinte, que era sábado, Nara levantou , tomou banho e foi limpar o quintal.

Logo na porta da cozinha que dava para a garagem, ela viu Oswaldo sentado, no fusca branco dele. Chegou mais perto e viu que ele escutava uma música, reconheceu a voz, era Tim Maia, mas nunca tinha ouvido a música. Chegou mais perto ainda e ouviu :

" Ela partiu
Partiu e nunca mais voltou
Ela sumiu, sumiu e nunca mais voltou
Se souberem onde ela está
Digam-me e vou buscá-la
Pelo menos telefone em seu nome
Me dá ma dica, uma pista, insista
Ei! e nunca mais voltou
Ela sumiu, sumiu e nunca mais voltou"

"- Meu deus, que homem frouxo!" , pensou Nara na hora. Virou-se e entrou dentro de casa. Subiu para o seu quarto e começou a arrumar as malas. Não podia mais viver naquela casa, com aquela situação do lado daquele bosta.

Saiu de casa com as malas nas mãos, com endereço certo: ia se mudar para a mesmo rua de Loroca, não perto mas na mesma rua.

Alguns dias depois, ela já estava devidamente instalada, e totalmente separada de Oswaldo, que de vez em quando ligava para ela pedindo para voltar e sempre recebia um sonoro "- NÃÃÃOOO!".

Não demorou muito para o Loroca ir morar na casa da Nara, e ele começar a entender os prós e contras de dividir a sua rotina com outra pessoa.

Fuder todo dia e a hora que quiser, o companheirismo do outro, os mimos e gracejos normais entre o casal. Estas são as coisas que valem a pena.

Agora, as manias e costumes de cada um, bem como a inevitável invasão de privacidade , são o que tornam a convivência uma arte aprendida por poucos!

Tendo uma rotina de pouco mais de três meses juntos, Loroca já dava sinais de cansaço em relação a sua presença na casa de Nara, e a presença dela na sua vida. Parecia que tudo já estava mudando, as coisas já não eram como antes.

O boquete já não era tão bom, o sexo já não o excitava mais e o cuzinho já dava sinais de desgaste. Aliado à estes fatores , estava o assedio das mulheres sobre o Loroca.

Muitas destas mulheres eram amigas da Nara, mas a que estava com a periquita mais solta era uma tal de Débora.

Débora casou muito jovem, quer dizer casou não , se juntou. Quando soube da precoce gravidez , aos 17 anos, não havia outra alternativa para ela a não ser se juntar com o namorado, o Alexandre.

Decidiram morar na casa dos fundos, na casa da mãe dela. No começo da união, foi legal, era tudo novo. A companhia do "namorido", o crescimento da filha e a rotina, tudo isso a fazia feliz.

Mas foi por pouco tempo. A mania de Alexandre de peidar e arrotar sempre, a sua grosseria e estagnação, levaram Débora - outrora uma legitima gostosa, de cintura bem fina, com uma bela rabeta e um delicioso par de peitos - a descuidar da aparência.

Débora perdeu a cintura fina, substituindo a por uma boa pochete de gordura, perdeu um pouco da bunda gostosa que tinha e os peitos ganharam um volume extra com algumas poucas estrias.

Outros dois fatos que colaboraram para o declínio do físico de Débora, era o fato de que foi Alexandre quem tirou a virgindade dela, e que até agora ela nunca tinha dado para nenhum outro homem. Pelo fato de Alexandre, ter sido o desbravador da sexualidade de Débora, ela estava enjoada da forma sistemática de como ele a torava, e ele já não nutria o mesmo desejo por ela. Faz muito tempo que ele não come ela gostoso, daquele jeito que costumava fazer quando eles namoravam e não moravam juntos. Pobre Alexandre, apenas com 23 anos e já era froxo.

A somatória de tudo isso, mas o forte apelo sexual de Loroca, fez com que o interesse de Débora por um pulo de cerca crescesse assustadoramente.

Isso ficou evidente para ele e para Nara, em uma festa na casa de uma amiga em comum.

Nessa festa, em um determinado momento , enquanto Nara e Alexandre estavam distraídos , Loroca se dirigiu a geladeira para pegar uma colherada de brigadeiro .

Ao chegar perto da geladeira, viu Débora fechar o congelador e levar à boca um colher com uma massa marrom, que naturalmente só poderia ser o brigadeiro.

Chegando mais perto ele diz: "- Quero uma colher dessa também! Tá bom?"

"- Esta ótimo, pega a minha.", responde ela, dando uma lambida na colher e oferecendo-a a Poroca.

Nesse momento o olhar de Débora já dizia tudo.

Ele, grosseiramente, deu uma lambida maior ainda do que a dela e devolveu a colher para ela, que fixou os olhos nele e colou a colher na boca sensualmente.

Nem uma palavra foi mais dita, apenas se entreolharam e ele saiu. De pau duro.

Escondida atrás da porta, estava Nara que viu toda essa cena, e estava quase explodindo de raiva!

Depois, Loroca e Débora voltaram para os seus respectivos acompanhantes e aproveitaram a festa. Porém , sempre que a situação permitia , eles se olhavam, se analisando e se desejando.

Na verdade, ela estava mais interessada nele do que vice-versa, para ele, ela seria só mais uma.

Esta festa, que começara animada, já dava sinais de cansaço, estava ficando muito monótona .Loroca e Nara ,e mais alguns amigos, decidiram ir embora, indo para uma outra festa.

No caminho para este outro lugar, Nara deu um esporro em Loroca, dizendo que ele era um safado e que aquela piranha estava dando em cima dele e ele estava retribuindo o interesse. E ele, é claro, sempre negava tudo, dizendo que era coisa da cabeça de Nara e que ela estava com ciúmes.

Mas o safado sabia da verdade. Ela tava dando em cima dele sim e ele louco para ficar em cima dela!

Chegando na casa onde supostamente estava acontecendo "a festa", não encontraram nada. Nem som alto, nem pessoas e menos ainda comida e bebida.

A casa era da Rosamaria, a Rosa, que estava esperando-os para começar a fazer alguma coisa. De cara , Rosal simpatizou com um amigo do Loroca, o Rodrigo.

Mas ela se conteve, não deu nenhuma indireta ou demonstração, apenas ficou observando aquele jovem encantador.

Enquanto isso, Nara e Loroca ficavam discutindo sobre o interesse de Débora em Loroca, mas o faziam de maneira controlada, sem dar muita bandeira para os outros .

Colocaram um sofá de três lugares na rua, colocaram a churrasqueira próxima a ele, ligaram o som do carro não muito alto, pois já eram 3 horas da manhã e começaram a "festa", na verdade era mais uma reunião do qualquer outra coisa.

Em meio aos olhares de Rosa para Rodrigo, Nara e Loroca aparentemente fizeram as pazes e voltaram a sua rotina de carinhos e risadas. Mas ele, estava com o pensamento lá na Débora, estava pensando em como iria comê-la sem levantar suspeitas e como essa foda seria boa....