Wednesday, December 27, 2006

Vida longa a Saddam Hussein

“O que toma uma taça de champagne também curte
desbaratinado tubaina tuttifrutti.
Fanático, melodramático, bom-vivant, depósito de
mágoa quem esta certo é o Saddam
Hã Playboy bom é chinês, australiano, fala feio e
mora longe não me chama de mano”

Da ponte pra cá - Racionais

Forca.
Esta é a pena para Saddam Hussein, ex-dono do Iraque.
Um absurdo.
Como você condena à morte um homem que está sendo julgado, e já condenado, por causar a morte?
Não estaria você sendo igual a ele?
Ou seria você pior?
Você, julgador de Saddam, teoricamente, tem consciência do valor da vida humana. Do tesouro que é estar vivo e mais importante, deixar viver.
E mesmo sabendo disso, você decreta a forca para outro ser humano?
Hipocrisia não acha?
Pois acho.
A pena para Saddam deveria ser o ostracismo, o confinamento total. Pois é assim que monstros devem ser tratados. Trancafiados, sem contato com o mundo ao redor deles.
E digo mais, Saddam deveria ser condenado a fazer meias com as próprias mãos para os descendentes do povo xiita, povo este, que sofreu perseguições durante o governo do ditador.
Uma pena perfeita. Sozinho e apenas com meias para lhe fazer companhia. Saddam terá tempo suficiente para pensar sobre tudo o que fez, e ainda terá que lutar muito para conseguir se matar. Uma vez que ele seria vigiado 24 horas.
Um outro fato que me vem à cabeça, é a possibilidade de Saddam virar uma espécie de “mártir” para os seus seguidores. Isso seria preocupante.
Imagine só uma tropa de seguidores fieis aos ideais de Saddam, seria um horror.
Uma das inúmeras causas para o clima de morte que cerca o Oriente Médio à centenas de anos, poderia ser resumida em uma frase de um amigo:
“Guerra religiosa é um monte de gente se matando para ver quem tem o amigo imaginário mais bacana”