Wednesday, April 30, 2008

A constatação de um Puto: O mundo está podre e Jesus tá voltando, de moto!

Muito bem, Mickey era um puto. Durante o dia dava aulas de dança e instruía os alunos da sala de Musculação.

De noite, era acompanhante , puto e ainda era freqüentador assíduo do Texas Moon, a melhor casa de swing de São Paulo.

O acompanhamento era R$ 300 , o Programa era R$ 500 e o pacote completo era R$ 400. Os preços podem parecer altos, mas acredite; os diretores , vice-presidentes e presidentes das empresas , que pagavam as contas ,sem saber, não estavam nem ai.

Essa vida, por mais legal e emocionante que possa parecer, era desgastante de mais. Mickey tinha poucas horas de descanso e sono, por isso todas as oportunidades que tinha para repousar eram aproveitadas ao máximo.

Geralmente no domingo, ele não comia ninguém, por isso era o dia em que ele chegava a dormir 12 ou até 16 horas ininterruptas.

Foi num destes domingos sonolentos , que Mickey recebeu pela primeira vez a ligação de um homem solicitando os seus serviços.

Na hora, Mickey ficou assustado , dezenas de pensamentos vieram à sua cabeça: " - Seria um marido em busca de vingança? Uma bixa? Um trote?". Na busca pela resposta certa, Mickey decidiu não desligar.

"- Alô?"

"- Por favor o Mickey ."

"- É ele , quem é?"

"- Boa tarde Mickey. Meu nome é Marcos. Eu sou amigo da Gisele e foi com ela que eu peguei o seu telefone."

"- Boa tarde Marcos."

" - Eu queria contratar os seus serviços. Não para mim. Mas também não posso revelar para o que é. Estou ciente do seu preço, e por isso ofereço R$ 2.000. Pelo acompanhamento íntimo."

"- Onde seria?"

"- No motel Okto . Na suíte presidencial. Na próxima sexta-feira."

"- Não tem homem na parada?"

"- Não ,eu garanto. E vou pagar adiantado. Me dê o número da sua conta."

Mickey passa os seus dados bancários.

"- Muito bem, esteja lá às 23 hrs da sexta."

"- Estarei."

"- Até logo."

"- Falou."

Após desligar Mickey ficou preocupado. Não devia ter topado. Devia ter investigado mais . Será que dá para desistir ?

Com certeza não.

Durante a semana, Mickey não parava de pensar na maldita sexta-feira. A preocupação foi tanta que ele não comeu ninguém e até adiou e cancelou os serviços de acompanhante e Go Go Boy.

Teve certeza de que o convite era sério quando viu que havia sido feito um depósito na sua conta no valor acordado. Tinha que ir.

Os dias se arrastaram para passar , e a sexta-feira não chegava nunca.

Mickey estava ansioso e nervoso. A curiosidade estava acabando com ele.

Na sexta, ele se produziu. Pegou o "Kit Prazer" , com Viagras , Camisinhas e gel e foi.

Chegou na hora marcada. O seu nome já estava na lista.

O Okto era um dos motéis mais caros e luxuosos de São Paulo, e a locação da suíte presidencial era um absurdo!

Mas não era para menos, o local era enorme! Tinha uma ampla ante-sala , piscina com cascata e teto retrátil ( para fuder olhando para as estrelas) , um bar enorme , e a tradicional cama redonda.

Uma coisa despertou ainda mais a curiosidade de Mickey: a enorme banheira estava cheia de água e coberta por pétalas de rosas. Em frente a ela havia uma enorme poltrona de couro e um balde de gelo com uma garrafa de whisky que valia mais do que um rim no mercado negro.

Enquanto olhava curioso para a cadeira, escutou um barulho na porta. Foi rapidamente ver o que era.

A maçaneta girou em sentido ante - horário e a porta se abriu. Por ela passou um homem baixo, de cabelos brancos e rugas na cara. Estava vestido de calça social, camisa branca e jaqueta de couro. Usava um relojão de ouro e fumava um charuto.

Imediatamente ele olhou para Mickey e disse com um largo sorriso na cara:

"- Boa noite Mickey! Eu sou o Marcos. Por favor, eu vou pedir para que você aguarde mais um pouco, pois os seus serviços ainda não serão utilizados.

Gostaria que você esperasse na banheira sim? Eu volto em no máximo 20 minutos."

Disse isso e saiu.

Mickey nem teve tempo de dizer nada. Tirou a roupa , tomou os "Trovão Azul" e esperou na banheira. Estava muito receoso .

Após uma meia hora, Mickey escutou um barulho na porta. Escutou uma voz feminina e uma masculina, a masculina ele já conhecia , mas a feminina era nova:

"- Nossa amor que lindo!"

"- É para você meu bem. Tem uma coisa a mais no banheiro. Vai lá ver!".

Mickey escuta os passos de uma pessoa vindo na direção do banheiro. Nesse momento tudo o que ele mais quer é que pelo menos seja uma gostosa.

"- Gostosa, gostosa, gostosa...", ficava pensando ele enquanto ninguém aparecia na porta.

Sim era uma gostosa. E das grandes.

A mulher entrou no banheiro e quando viu Mickey deu uma longa risada.

"- Esse é o meu presente surpresa , de aniversário de casamento ?", diz ela em voz alta.

"- Sim. Não gostou?", responde o seu acompanhante entrando no banheiro.

" - Adorei..." , diz ela com os olhos brilhando.

A mulher era bem mais nova do que o cara. Ele devia ter uns 50 anos, e ela uns 32. Era alta ,morena, de cabelos lisos , muito bem tratados , até a metade das costas. Tinha um rosto fino, marcante, e estava apenas de batom e com sombra nos olhos. Nada de mais e nem de menos. No ponto.

Usava um longo vestido ,tipo tubo, preto e apenas uma gargantilha de ouro no pescoço.

Era deslumbrante.

Mickey não sabia se olhava para a mulher ou para o cara ou para ambos. Estava confuso demais. Essa situação era completamente nova para ele.

As coisas ficaram claras quando a mulher se despiu, e ficou nua , usando apenas a gargantilha .

A mulher entrou na banheira , com movimentos leves e se aproximou de Mickey.

Sem falar nada , ela começa a trocar carícias com ele e logo os dois começaram a se beijar.

Em uma pausa entre um beijo e outro, Mickey começa a escutar uma música instrumental , com instrumentos de sopro e piano. Parecia Jazz... mas e daí?

Notou que o homem estava sentado na poltrona, com um copo de Whisky na mão e um charuto em outra. Seu olhar era fixo na banheira.

Mickey percebeu que o homem quase não olhava para ele , e sim para a sua acompanhante , que nesta hora estava pagando um kekete para Mickey.

Outra coisa que chamou a atenção de Mickey, e que o homem não se masturbava , como ele tinha inicialmente pensado que ele faria.

Ele apenas olhava a cena, dava um gole no copo e levava o charuto a boca, soltando continuas descargas de fumaça .

Depois da preliminar na banheira, onde a mulher ficou excitadissíma , o trio foi para a cama. Aliás, apenas Mickey e a mulher foram, porque o homem sentou-se em um outra poltrona na frente da cama e repetiu os gestos que fazia no banheiro com a trilha sonora de maior classe ao fundo.

Mickey estava um pouco desconfortável com a situação, porque o olhar do cara o incomodava, mas aos poucos ele estava se soltando. A mulher dava bem, não era um espetáculo de mulher na cama, mas dava conta do recado.

Ela gritava muito, rebolava , pedia tapas e puxões de cabelo.

Ao chegarem na cama, a mulher, que Mickey nem ao menos sabe o nome, continua na xupeta , estava incontrolável! Manuseava a trozoba de Mickey com excitação e certo desespero.

Chupava e tocava uma. Chupava e tocava uma.

Depois a mulher se colocou de quatro. Apoiou com as mãos na cabeceira da cama, e empinou e abriu bem a bela bunda que tinha.

Mickey ficou maluco! Olhou aquilo e nem se lembrava mais que tinha alguém o olhando.

Colou seu pau naquele rabão quente, e metia forte. Sem violência, colocava seu pau até onde desse e queria mais. Tirava bem devagar e colocava com tudo, devagar também.

A cada enfiada a mulher ia ao gemia alto e dizia : " - Delícia..."

Depois ela se levantou, empurrou Mickey delicadamente para trás e sentou no seu pau, para cavalgar lentamente igual ao que ele fazia.

Ela sentava até as bolas do pau dele e depois subia lentamente, e depois sentava lentamente e com força de volta.

Mickey estava indo ao êxtase! A mulher tinha um jeito selvagem- acometido de dar.

Parecia que ela iria esfolar a rola dele com a buceta, mas não. Chegava no limite e depois aliviava por alguns instantes, para depois acabar com ele de novo.

Alguns minutos depois , a mulher goza, no momento do jato de prazer dela, ela arranha o peito dele com as unhas e geme alto, olhando para o marido, que solta um sorriso de leve e dá uma tragada no charuto.

De repente, a mulher se levanta e vai ao banheiro, deixando Mickey de pau duro ainda louco para gozar.

Mickey escuta o barulho do chuveiro, parece que ela esta tomando banho.

Neste momento, o homem que esta sentado na poltrona fala:

" - Mickey meu velho, os seus serviços foram cumpridos com perfeição. Agora, vou pedir para que você se retire, pois agora fica por minha conta."

Mickey totalmente sem jeito responde:

"- Tá bom então. Quando precisar ..."

"- Pode deixar eu ligo. Até logo."

Mickey entendeu bem o recado. Era para ele se arrumar rápido e sair dali mais rápido ainda.

Pegou meias e cueca, calça e tênis e saiu do quarto.

Foram os R$ 2.000 mais fáceis de ganhar da vida dele, mas ele ainda estava de pau duro e queria gozar.

Chegando em casa, Mickey ficou pensando em quem na verdade tinha contratado os serviços dele esta noite: o tal do Marcos ou a mulher dele.

Para Mickey estava claro: Marcos o tinha contratado para comer a mulher dele enquanto ele se deliciava vendo o coito.

Que merda. O seu humano é uma merda.

Pelo menos a mulher gozou , e a safada metia muito bem. Uma das melhores que ele já havia comido até agora.

"- Espero que eles me chamem de novo..." , pensava ele. Queria ter gozado com aquela mulher, mas não deu. Fica para a próxima.

Por mais que Mickey fosse um cara "liberal" e de "cabeça aberta", mesmo para ele era difícil entender o tipo de prazer que Marcos poderia sentir ao ver outro homem torando a sua mulher e mais, depois ele a toraria!

Não dava para entender, acho que nem Freud explica. Mas, de novo, quem liga?

Mickey tinha ganho um boa grana e comido uma gostosa. Valeu à pena, mesmo que um estranho sentimento de arrependimento viesse de vez em quando martelar na sua cabeça, dizendo que ele talvez estivesse indo longe demais com esta história de puto amador