Wednesday, December 27, 2006

Vida longa a Saddam Hussein

“O que toma uma taça de champagne também curte
desbaratinado tubaina tuttifrutti.
Fanático, melodramático, bom-vivant, depósito de
mágoa quem esta certo é o Saddam
Hã Playboy bom é chinês, australiano, fala feio e
mora longe não me chama de mano”

Da ponte pra cá - Racionais

Forca.
Esta é a pena para Saddam Hussein, ex-dono do Iraque.
Um absurdo.
Como você condena à morte um homem que está sendo julgado, e já condenado, por causar a morte?
Não estaria você sendo igual a ele?
Ou seria você pior?
Você, julgador de Saddam, teoricamente, tem consciência do valor da vida humana. Do tesouro que é estar vivo e mais importante, deixar viver.
E mesmo sabendo disso, você decreta a forca para outro ser humano?
Hipocrisia não acha?
Pois acho.
A pena para Saddam deveria ser o ostracismo, o confinamento total. Pois é assim que monstros devem ser tratados. Trancafiados, sem contato com o mundo ao redor deles.
E digo mais, Saddam deveria ser condenado a fazer meias com as próprias mãos para os descendentes do povo xiita, povo este, que sofreu perseguições durante o governo do ditador.
Uma pena perfeita. Sozinho e apenas com meias para lhe fazer companhia. Saddam terá tempo suficiente para pensar sobre tudo o que fez, e ainda terá que lutar muito para conseguir se matar. Uma vez que ele seria vigiado 24 horas.
Um outro fato que me vem à cabeça, é a possibilidade de Saddam virar uma espécie de “mártir” para os seus seguidores. Isso seria preocupante.
Imagine só uma tropa de seguidores fieis aos ideais de Saddam, seria um horror.
Uma das inúmeras causas para o clima de morte que cerca o Oriente Médio à centenas de anos, poderia ser resumida em uma frase de um amigo:
“Guerra religiosa é um monte de gente se matando para ver quem tem o amigo imaginário mais bacana”

Friday, December 22, 2006

Carne Podre

"Tell me what's wrong with society
When everywhere I look I see
Young girls dying to be on TV
They won't stop 'tilthey've reached their dreams

Diet pills, surgery
Photoshoped pictures in magazines
Telling them how they should be
It doesn't make sense to me

Is everybody going crazy?
Is anybody gonna save me?
Can anybody tell me what's going on?
Tell me what's going on
If you open your eyes
You'll see that something is wrong"

Crazy - Simple Plan

Num Domingo destes, estava eu desmaiado no sofá de noite vendo Fantástico. Até ai tudo normal, é a minha rotina do final do final de semana.
Mas uma matéria tirou meus pensamentos do Limbo e me trouxe de volta a vida.
Médicos receitam o Hormônio do Crescimento, o popular GH para fins estéticos.
Fiquei espantado, pois não é comum vermos matérias deste estilo na T.V aberta, principalmente na Globo.
A reportagem colocava frente a frente, médicos que eram a favor do uso do GH para fins estéticos e outros que eram completamente contra, dizendo que o GH tinha contra-indicações graves.
A matéria mostrava os usuários na praia, na academia praticando esportes e levando uma vida “saudável”, por assim dizer.
Nesta, reportagem os usuários tinham mais de 30 anos e buscavam “a fórmula da juventude”, algo que os fizesse envelhecer mais devagar do que o normal.
Para eles foi então receitado o GH, que era aplicado pelo próprio paciente em qualquer parte do corpo.
A reportagem terminou com uma das pacientes, uma boa coroa andando pelo calçadão com calça de ginástica com o pôr-do-sol ao fundo.
Lindo.
Após terminar a reportagem, eu fiquei pensando porque eles não contaram a história do garoto austríaco que usava GH também.
No começo da década de 70 um jovem austríaco, de 23 anos, foi o mais novo Mister Olímpia do Mundo. O Mister Olímpia é o prêmio que escolhe o homem com o maior desenvolvimento corporal do mundo, num equilíbrio entre massa muscular e definição.
Muito bem, este jovem tinha incríveis 57,5 cm de braço, 72 cm de pernas e pesava aproximadamente 110 kg com 1,85m e 3 ou 4% de gordura corporal.
Ele ganhou 7 vezes o Mister Olímpia, 6 delas consecutivas.
Este jovem é o atual Governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger .
Estes fatos mencionados são facilmente achados em artigos relacionados ao fisiculturismo e esportes.
O que poucos sabem é que Arnold era um usuário assíduo do GH, fato que pode explicar a sua fabulosa jornada no fisiculturismo e no cinema. Pois seu corpo era realmente invejável.
Tão invejável que, de 9 a cada 10 fisiculturistas o escolheram como ídolo no começo das suas carreiras.
Invejável também foi a sua recuperação em duas cirurgias que fez, uma em 1993 e outra em 1997, as duas com ligações ao uso do GH.
A cirurgia realizada em 1993 foi a responsável por tirar 1/3 do fígado de Arnold e a realizada em 1997 foi para reparar uma válvula do coração defeituosa.
Ai eu pergunto, se ele que foi um dos maiores fisiculturistas de todos os tempos, que se alimentava perfeitamente e que mantinha uma rotina de exercícios intensa sofreu conseqüências graves, imaginem o que pode acontecer com pessoas que não tem este estilo de vida e que só querem ter um corpo bonito e retardar o envelhecimento.
Na minha opinião, elas sofrem de uma espécie de síndrome de Peter Pan, não querem envelhecer.Entram em academias e clínicas de estética para ver se retardam a oxidação das suas células. Propõe-se a utilizar de tecnologias e métodos nem sempre seguros e com eficácia comprovada.
Tudo isso para garantir a sua estética exterior, enquanto no interior o seu corpo é destruído por tanto veneno que é injetado nele.
Obvio que você já leu palavras parecidas como as minha, sobre aparência nos tempos atuais e blá,blá,blá...A verdade é que a aparência nos dias de hoje é muito mais importante do que o resto.O que interessa hoje, é ter a alcunha de: “Bolado”,”Sarado” ou “Gostosa”.
Esta história toda de “saúde”, “fitness” e “wellness” são disfarces para se enquadrar nestes quesitos.
A busca pela perfeição física vai levar o homem moderno à loucura, como vocês poderão ver nas fotos abaixo.

Os indivíduos nas fotos aplicaram um óleo chamado Synthol, um óleo de difícil absorção, nos braços (bíceps e tríceps) que pode ou não se espalhar para o ombro. Este óleo causa uma inflamação que leva a um óbvio inchaço na área em que foi aplicado, pois o liquido não é absorvido pelo corpo, o acumulo deste óleo pode causar inflamção e necrose das fibras musculares. O resultado da necrose é obvio: amputação das fibras mortas, para que a parte necrosada volte a se regenerar.
Quando ela se regenera.

Vem rápido vai rápido.

Thursday, December 14, 2006

Mariposa

She's been trying to tell me to hold tight
But I've been waiting this whole night
But I've been down across a road or two
But now I've found the velvet sun
That shines on me and you

In the back, uh huh, I can't crack
We're on top
It's just a shimmy and a shake, uh huh
I can't fake, we're on top
We're on top

The day is breaking, we're still here
Your body's shaking, and it's clear
You really need it, so let go
And let me beat it, but you know

That I've been down across a road or two
But now I've found the velvet sun T
hat shines on me and you”

On top – The Killers

O despertador Cássio toca.
Sono. Muito sono.
05h50min da manhã de uma segunda-feira qualquer.
Alessandra não quer acreditar que já é hora de levantar, parece que ela só fechou os olhos para dormir à 10 minutos atrás.Mas não.
Foram 10 horas de sono pesado, daqueles que você nem se lembra como dormiu ou o que sonhou.
Abriu apenas uma fresta dos olhos e ficou olhando para o despertador, fixou seus olhos nos números eletrônicos em vermelho.
O despertador marcava 05h55min.
Em um estado de transe ela começou a se lembrar do que tinha provocado este enorme cansaço. Lembrou-se, e deu um sorriso.

Foi o churrasco na chácara do Beto.
Churrasco é modo de dizer, porque nunca tem carne, é só bebida, da mais barata.
Cerveja, Chiboquinha, Capeta, Pitu, Cachaça e é claro, a bebida do jovem moderno: Vodka.
De preferência Balalaika ou Natasha que é pra fazer bastante mal, afinal se fosse para fazer bem tomavam 2 litros de Biotônico (Fontoura) ou uma cartela de A.S.
Começou a se lembrar de como começara o final de semana.
Após a escola, foi na casa da Bia, sua melhor amiga desde o berçário, e depois foram em comboio para a chácara do Beto que fica em Atibaia.
Uma casa grande, com uma ampla área de lazer e uma churrasqueira grande o suficiente para se assar um boi.
Perfeito ela lembra.
Lembra de como estavam todos alegres, aquele churrasco servia para lavar a alma, relaxar com os amigos e curtir um pouco da calmaria que era Atibaia. Lembrou também que esquecera seu protetor solar e que foi pedir o da Bia emprestado. Sempre a Bia, sua amiga inseparável de todas as horas, a pessoa que mais confiava no mundo e que sempre deu provas de que estaria ao lado de Alessandra para tudo.
Depois de pegar o protetor, saiu do quarto e desceu as escadas e foi à beira da piscina pedir para o Carlos passar o protetor nas suas costas.
Os dois eram namorados.
Alessandra gostava muito de Carlos, ele era legal, inteligente e muito engraçado, além de ter um corpão esculpido com muitas horas de futebol.
Fazia cerca de 6 meses que namoravam e nunca fuderam, mas Alessandra sentia que talvez fosse acontecer neste final de semana, estava tudo tão propício para acontecer, e se acontecesse ela iria achar perfeito.
Quando Alessandra fica perto de Carlos, ela sente um calor que a queima por dentro, como se fosse um sopro de dragão vindo de dentro para fora, uma coisa incontrolável que deixa a sua calcinha inteira molhada. Mesmo sendo virgem, ela sabe o que é o tesão e ele esta crescendo cada dia mais.
Carlos passou o protetor nas costas de Alessandra, mas concentrou seus olhares na bela bunda dela, não conseguia parar de olhar, era inevitável. Começou a ficar excitado. Disfarçou, e deu uma ajeitada no seu pipi para que não ficasse evidente o que estava sentindo. Ele, como todo adolescente viril, tocava sempre uma boa punheta todo dia. Se estivesse com fôlego este número poderia aumentar para até 5 no mesmo dia!Hoje seria o caso. Não dava pra agüentar.
Disse que precisava ir ao banheiro e foi tocar uma. Voltou calminho, calminho e com aquele soninho que toda boa punheta dá, dormiu uma meia hora na beira da piscina.
Sono do guerreiro.
De tarde, lembra se Alessandra, todos tiraram uma boa soneca para se preparar para a bagunça que seria madrugada à dentro.
Quando eram mais ou menos 7h00 da noite, os meninos começaram o churrasco, muitas risadas, Vodka, abraços, Pitu, piadas, Cachaça, beijos.... e assim foi noite adentro.
Carlos bebeu muito, e nem deu muita atenção para Alessandra deixando a na companhia da Bia e das outras meninas que estavam na casa.
Pensou: “- Ainda bem que ela esta com as meninas, posso encher a cara que ela tá segura!”. Vomitou no jardim e dormiu na varanda bêbado.
Carlos estava errado.
Alessandra e as outras meninas beberam muito, todas elas. Começaram a falar bobagem, das suas experiências com meninos, de quem achavam mais bonito, do que topariam fazer em 4 paredes. Estas coisas que meninas contam o que gostariam de fazer e mais tarde, quando mulheres, contam o que fazem em uma mesa de bar fumando Carlton e tomando gin tônica.
Para variar, todas a meninas foram dormir, menos Alessandra e Bia. Ficaram bebendo e conversando, relembrando o passado, dos professores que tinham tido nos anos anteriores, das viagens anteriores....
Em certo momento, Alessandra notou que os olhos de Bia estavam mais brilhantes e que os pêlos do corpo dela estavam todos arrepiados.
Achou estranho, mas sentiu uma sensação diferente. Sentia seu corpo quente, como quando esta perto de Carlos.
Bia calou-se e foi se aproximando devagar, olhando Alessandra nos olhos. Ficaram muito próximas, seus lábios quase se encostavam.
“- Não!”. Pensou Alessandra. Saiu correndo, passou por diversos corpos embriagados, subiu as escadas, entrou no quarto e foi direto para o banheiro. Ligou o chuveiro e tomou banho de roupa .
No chuveiro, internamente desesperada, Alessandra pensava se tudo não foi uma alucinação causada pela mistura de cerveja com Pitú. Mesmo assustada, ela não podia deixar de pensar na sensação indescritível que teve ao ter Bia tão perto de si, foi uma sensação muito melhor do que quando Carlos se aproxima dela e a toca.
De costas para a porta de entrada do banheiro, Alessandra tirou a sua roupa encharcada e ficou nua, deixando seu belo e jovem corpo a mostra.
Olhou rapidamente para trás, era Bia que a observava, deliciando se com o corpo da amiga.Bia não fez nada, não se mexeu, não falou nada. Apenas ficou olhando aquela cena maravilhosa.
A água caindo no corpo de Alessandra e ela olhando assustada na direção de Bia.
De repente uma coisa surpreendeu Bia, Alessandra virou se e começou a se lavar como se Bia não estivesse ali, como se nada tivesse acontecido.
Isso deixou Bia queimando de desejo.
Após o termino do banho, Alessandra se enxugou e deitou na cama e dormiu pesadamente. Tudo sobre a vigilância atenta de Bia.
No dia seguinte, Alessandra acordou e viu que Carlos estava dormindo ao seu lado. Imediatamente pensou que tudo não passou de um sonho, um sonho muito real mais um sonho.
A idéia de ter um contato intimo com outra mulher ficou torturando Alessandra a manhã inteira, ainda mais quando viu Bia e não notou nada de diferente. Nada. Nem um olhar malicioso, um olhar de vergonha. Nada. Foi um sonho, só pode ter sido.
O ritual de embriagues se repetiu na casa, e novamente apenas Alessandra e Bia estavam acordadas.
Desta vez Alessandra não tinha bebido nada, estava sóbria, queria ter certeza do que aconteceria nesta noite.
Sentadas na sala de T.V, elas conversavam, Bia agia normalmente mas Alessandra estava diferente. Sentiu o calor consumindo a.
De repente sua cabeça parou de funcionar e ela se aproximou de Bia e a beijou calorosamente, enquanto a beijava, suas mãos escorregaram pelo corpo de Bia apertando-a, sentindo cada fibra da pele dela. Era como se as mãos de Alessandra fossem vermes sedentos por carne.
Foi o melhor beijo da vida de Alessandra. Sóbria e consciente ela sabia exatamente o que estava fazendo.
Após o beijo, uma situação de constrangimento tomou a sala de T.V e as duas saíram e foram cada uma para um cômodo.
Os corações e as calcinhas estavam quentes.
Menos de sessenta segundos após a separação, Bia foi ao encontro de Alessandra e Alessandra ao encalço de Bia, se encontraram no meio do caminho e foram para o quarto vazio, deitaram na cama e se beijaram e se tocaram, o calor que emanava dos dois corpos deveria ter a mesma temperatura do Sol.
Fuderam de roupa, apenas sentindo a pele uma da outra.
No ápice deste quadro vivo de paixão, Alessandra e Bia gozaram juntas. Um prazer sem limites, segundos de deleite que toda mulher deveria sentir pelo menos uma vez na vida.
Exaustas, dormiram de conchinha.
Acordaram.
Levantaram assustadas, rapidamente saíram da cama e deram um volta pela casa. Todos dormindo de ressaca.
Ninguém acordado. Perfeito.
Agiram normalmente uma com a outra, com se nada tivesse acontecido.
Quando todos da casa acordaram, fizeram as malas e voltaram para São Paulo e cada uma foi para a sua casa.

Em casa, Alessandra se torturou mentalmente sobre o que tinha feito. Pensava que se seus pais descobrissem seria o fim. Sua família nunca iria aceitar uma coisa destas.
Seria uma vergonha sem tamanho.
E se alguém do colégio soubesse?Meu deus nunca mais sairia de casa!
Apesar da modernidade em que vivemos, o preconceito é muito grande contra homossexuais.
Chorou e angustiou-se dentro de si mesma.
Ante esta angustia, ela começou a se lembrar do que sentira com Bia, da melhor sensação da sua vida, de como sentiu a sua calcinha molhada e seu coração acelerado.
Fechou os olhos e reviu na sua mente, milhares de vezes, o que aconteceu naquele quarto. E a cada lembrança, ficava mais e mais excitada.
Dormiu pensando quando seria o próximo churrasco.

05h58min.

Friday, December 01, 2006

O sobrinho

"When routine bites hard and ambitions are low
and resentment rides high but emotions won't grow
And we're changing our ways, taking different roads
Then love, love will tear us apart again
Love, love will tear us apart again
Why is the bedroom so cold? You've turned away on your
side
Is my timing that flawed? Our respect runs so dry
Yet there's still this appeal that we've kept through
our lives
But love, love will tear us apart again
Love, love will tear us apart again
You cry out in your sleep, all my failings exposed
And there's tast in my mouth as desperation takes
hold
Just that something so good just can't function no
more
But love, love wil tear us apart again
Love, love will tear us apart again
Love, love will tear us apart again
Love, love will tear us apart again
self print"


Love will tear us apart - Joy Division

Adalberto é um cara legal.
Dessas caras de família sabe?Não fuma, não bebe e faz amor e não sexo.
É casado há dez anos com Roberta, que foi a sua primeira namorada.
Conheceram-se no colégio quando tinham ambos 15 anos. Foi paixão a primeira vista, era amor com certeza.
“Adalba”, como é chamado pelos amigos do time de futebol de domingo, tem 32 anos, é Gerente de Compras de uma multinacional. Esta bem de vida.
E como eu já disse, é um cara legal. Ajuda os membros da sua família que não tiveram sorte na vida, todo final de ano entrega 200 cestas básicas para favelados e ainda se veste de Papai Noel e doa brinquedos de plástico barato para crianças carentes.
Sem dúvida um bom sujeito.
Tão bom que ofereceu estadia ao seu sobrinho Lucas, pelos próximos 5 anos em que cursaria Engenharia de Alimentos em São Paulo.
Lucas era filho do irmão de Adalberto, Roberto, que não tinha dinheiro para pagar a estadia do filho na Capital.
Numa manhã de sexta, Adalba foi a rodoviária do Tietê buscar Lucas para ir para a sua casa, ficou com medo de que o sobrinho se perdesse,fosse assaltado ou seqüestrado.
São Paulo esta cada vez mais perigosa.
Recebeu Lucas como se fosse um filho, um abraço-de-urso caloroso e muito assunto para colocar em dia.
“- A Tia Roberta esta esperando em casa, esta louca pra te ver!Faz muito tempo que não vemos você!” – disse Adalberto à Lucas.
12 anos para ser mais exato.

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Lucas era um bom menino. Estudioso e inteligente.
Gostava de fumar maconha e tocar violão na sacada do seu quarto, bem tranqüilo sem pressa de ver a vida passar.
Mas agora as coisas são diferentes, ele já tem 18 anos e entrara na melhor faculdade de Engenharia de Alimentos do estado, tinha que se portar como um homem.
Fumar Um só de fim de semana!
Fazia tempo que não via o seu tio Adalberto e a sua tia Roberta, não se lembrava bem deles. Só se lembrava do seu pai dizendo que o tio era um mané e que a Roberta devia ser cega e surda para casar com um bocó igual a Adalberto.
Mas as coisas mudam.
A primeira impressão que Lucas teve sobre o tio, e que ele tinha mudado. Não era mais aquele bobão que o seu pai dizia. Amadureceu e virou um executivo de respeito, com valores morais admirados por todos.
Gostou do tio, se identificou com ele logo de cara e sentiu que a convivência iria ser tranqüila e alegre pelos próximos 5 anos.
Que bom.

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Quando chegaram na frente da casa, Adalberto e Lucas viram que Roberta os estava esperando do lado de fora com um sorriso grande.
“- Que buceta deve ter a minha tia!” – Foi o primeiro pensamento que Lucas teve quando viu Roberta. Sentiu vergonha de si mesmo por ter pensado uma coisas dessas sobre a mulher do seu tio. Tio este, que esta o tratando como um filho!
E nem era para menos.


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Roberta era uma delicia de mulher, de deixar qualquer homem maluco e com vontade de se matricular em uma academia, só para vê-la treinando. Era só isso que ela fazia.
Treinava. E pesado.
Calma, não é um Arnold Shwarzenegger de sutiã. Ela é cheia de curvas, forte, toda durinha e tem dois belos melões. Naturais!Uma raridade nos dias de hoje.
Realmente não dá para acreditar o que uma mulher deste quilate faz com Adalberto, digamos, um cara sem sal.
É amor. Só pode ser.
Roberta sabe que é gostosa e que faz a grande maioria dos homens ao seu redor dormirem com as calças no joelho todas as noites, imaginando como ela deve ser na cama.
Ela adora isso.
Mas nunca ousou pensar em trair Adalberto, ela o ama puramente, mas gosta de ser desejada por todos.E que mulher que se preze não gosta?
Desde os meninos de 13 anos até os de 50, ela gosta e sabe exatamente o que eles querem ver: exercícios que evidenciam as curvas do seu corpo, e é claro que mostrem o tesouro dela.
Aquela xereca grande, que mais parece um capô de fusca de carne e com um bigodinho. Lindo.
Por isso ela usa e abusa de agachamentos, adutores e exercícios que tenha que levantar e abrir as pernas. Tudo bem devagar e na frente do espelho.

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Após se recobrar do súbito desejo que teve pela sua tia, que não via há mais de 12 anos, Lucas foi levado ao seu novo quarto pelo tio. Uma suíte com vista para a piscina. Um ótimo quarto, melhor do que o que tinha na sua própria casa.Tudo parecia um sonho.
Até a sua tia.
Durante o almoço evitava, mas não conseguia. Ficava olhando de rabo de olho os belos seios da tia Roberta.
Como Roberta não teve filhos, seus seios eram durinhos e sem estrias. Não aquelas tetas de cadela magra que a sua namoradinha de 16 anos tinha, eram uma obra de Michelangelo!Perfeitos e maliciosos, iguais ao olhar de Lucas.
Após o almoço, em que Lucas contou todas as novidades dos 12 últimos de sua vida para os seus tios, dispensou a sobremesa e disse que estava cansado da viagem e que iria arrumar as suas roupas no seu novo quarto.
Mentira.
Mais um que dormiu com a calça no joelho por causa de Roberta.

Dai após dia, o desejo pela tia ia consumindo Lucas, ele não pensava em outra coisa a não ser comer a tia.Era um desejo incontrolável que ele já não estava suportando, precisava se masturbar 4,5,6 vezes por dia para acalmar o Ron Jeremy que morava dentro dele.
A cada novo “ataque” era necessário mais e mais punheta, a situação estava fora de controle!
E a titia?
Fazia de tudo para deixar ele louco.
Desfilava com roupas de academia para cima e para baixo, usava roupas curtas e decotes avassaladores.
Queria provocar mesmo.
Já fazia mais de 6 meses que Lucas havia chegado e este jogo parecia estar longe de terminar.
O moleque estava até mais magro de tanta covardia com o seu pau, tinha até feridas!

Deitado na sua cama, à noite após ter estudado o dia todo, Lucas resolveu homenagear a sua tia. Como de costume, arriou as calças até o joelho e começou... Deu uma pequena pausa. Pensou ter escutado um barulho. Olhou, olhou e nada.
Quando recomeçou tinha uma mão no seu pau e não era sua!
Era Roberta.
Foi o filme pornô mais legal que Lucas viu só, que desta vez ele era o ator.
Não o principal.
Foi a putaria mais louca que Lucas teve na vida, cheia de paixão, sensualidade e muita porra.
Comeu Roberta de todas as maneiras e jeitos possíveis, era um mestre do Kama-sutra.
Se ele era um mestre ela era mais, era uma deusa insaciável da felação.
Comandava as posições, a velocidade e trocação de fluidos.
Mas uma coisa intrigou Lucas.
Roberta sempre queria que Lucas gozasse no seu corpo, não dentro dele.
No rosto, na boca, no peito na bunda. Era porra pra todo lado
Foi assim até fim.
Essa fudeção toda se desenrolou toda noite pelos 5 anos da faculdade de Lucas.
Após se formar, Lucas voltou para a sua cidade e levou uma vida normal. Casou se com a sua antiga nomoradinha, a que tinha tetas de cadela magra - essa altura mais magra do que nunca.

O que Lucas e Roberta não sabem e nunca saberão, e que durante os anos de traição e putaria tinha uma terceira pessoa no quarto, olhando os atentamente.
Assim que percebeu a atração de Lucas pela sua mulher, no primeiro almoço logo depois que chegaram da rodoviária, Adalberto não tocou em Roberta nunca mais.
Sabia o que iria acontecer e queria ver. Queria.
Esperou Roberta não agüentar mais de tanta vontade de dar, pois Adalberto sempre fugia dela quando ela queria meter, e seguiu os seus passos.
Viu a entrar no quarto Lucas e foi atrás, no mais absoluto silêncio. Se escondeu atrás das pesadas cortinas e ficou ali olhando.
Foi assim todas as noites, até Lucas ir embora.
Adalberto gostava de ver aquele sexo selvagem. Lucas fudendo Roberta.
Na realidade gostava era de ver Roberta sendo fudida, não interessava por quem. O fedelho era apenas um brinquedo para ela e principalmente para ele.

O mais estranho, e que Adalberto os espiava com apenas o olho esquerdo. O outro, o direito ele fechava, como se tivesse vergonha daquilo que estava vendo e nojo de si mesmo pelo que sentia prazer em fazer.
Mais o direito estava bem aberto, captando todos os movimentos e sons, todos aqueles hormônios exacerbados! A parte que mais gostava era quando Lucas enchia o rosto e o colo de Renata de suco de pau. O olho esquerdo se arregalava à medida que o direito se espremia.
Realmente um luta desigual entre desejo e moral.
Sendo o desejo sempre o vitorioso.
Sempre após o coito, Adalberto pulava a janela do quarto de Lucas e voltava para a sua cama, como se nada tivesse acontecido. Ficava relembrando as cenas que tinha acabado de ver. Só lembrava. Não se masturbava ou qualquer coisa do tipo, apenas lembrava.
Esperava Roberta voltar para o quarto e deitar, geralmente em 20 minutos após o coito.
Às vezes escutava Roberta choramingar, de culpa talvez, mas ele nada fazia.
Fingia que estava dormindo e aumentava o som do seu falso ronco, para não ouvir o pranto de Roberta.
Adalberto nunca mais tocou em Roberta, viveu das lembranças das imagens que tinha visto durante a estadia de seu sobrinho na sua casa. Não se masturbava e nem traia Roberta com ninguém, seu desejo sexual ficou trancafiado na sua mente e no seu olho esquerdo.
Roberta continuou a malhar e ficou cada dia mais gostosa, mas nunca mais traiu Adalberto e nem ousou olhar e desejar outro homem. Sentia culpa por te-lô traído, e acha que merece este tipo de trato que o seu marido impõe.
Uma pena. Uma mulher dessas acabaria com um reino apenas com um aceno.
Inclusive o seu.

Dia após dia

“Luzes que piscam, gritam e avisamb que chegou a hora que você sonhou,
São anos de espera, que chegam ao fim. Um frio na espinha apesar do calor.
Você se esforça para aparentar
Toda calma que lhe falta, o medo te assalta, tudo pode dar errado você ,está apavorado, você está em pânico
Mas agora não tem volta, algo te impulsiona, e as luzes coloridas não param de piscar”

Luzes – Plebe Rude

Todo dia quando eu acordo de manhã, sento na minha cama com as costas curvadas e penso:

“-Hoje é mais um dia de batalha, mais um dia de vitória”.
Levanto e visto a minha armadura, pego a minha espada e o meu escudo e vou para o banheiro. Lá eu me concentro enquanto tomo banho, recarrego as energias da minha alma.
Depois vou tomar café e recarrego as energias do meu corpo, o templo onde o meu espírito esta aprisionado até o dia da sua libertação. A Morte.
Abro a porta da minha casa, pronto para enfrentar todos os meus inimigos e pronto para enfrente Ele. O inimigo mais cruel que eu tenho.
Meu nêmesis.
Eu.
Ninguém além de mim pode ser tão cruel e mal intencionado.
Sou o único que pode atrapalhar a minha vitória e o meu sucesso.
Eu.
Mas todo dia eu me venço bravamente, sem medo ou dúvida. Me venço com coragem e ódio.Não se pode vacilar perante o seu maior inimigo, o ser que pode com um só olhar lhe derrotar e destruir quem é você.
Sem misericórdia.
Sem perdão.
Golpes duros, capazes de derrubar um elefante.
Assim deve ser, porque um guerreiro de fé não anda pra trás e não amarela.

Trago a vitória no final do dia e me preparo para a próxima guerra.
Assim vai, dia após dia sempre em frente.